Pr. Gomes Silva
Um título, estampado no site
http://noticias.universia.com.br/ me chamou à reflexão: “18 livros que você
precisa ler antes de morrer”. Não que eu esteja pensando em partir deste plano
terreno mais cedo. Nada disso. A curiosidade invadiu o meu ser e comecei a imaginar
alguém sentado à mesa lendo uma pilha de livros idealizando como será a sua despedida dos que ficam. A
intenção da recomendação talvez não tenha esse objetivo, porém desperta o
leitor a fazer inusitadas conjecturas.
Antes de prosseguir falando da
lista dos livros clássicos é aconselhável definir a morte pela ciência e pela
teologia ortodoxa (pura), por tratar-se de um dos assuntos menos abordados no
seio da nossa sociedade, inclusive em algumas esferas da própria igreja
evangélica. Mas dois tipos de morte são conhecidíssimos: Física e espiritual.
A morte física, pela definição
científica, “é conhecida de todos e ocorre quando se encerra toda e qualquer
atividade de vida no corpo; total falência dos órgãos vitais de vida como o
coração e o cérebro. É o cessar do fôlego de vida definitivamente”.
Biblicamente, o livro de Eclesiastes no capítulo 12, versículo 7 diz: “E o pó
volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu”. Isto
significa dizer que todo ser humano veio do pó da terra, como Adão e Eva, e
este será o mesmo processo que conduzirá a matéria ao seio da terra, agora, de
forma inversa.
Quanto à morte espiritual, não há
consenso entre os cientistas da área da psicanálise em geral; o único consenso
que há é que as pessoas sofrem emocionalmente, contribuindo, assim, para a
morte do ser humano. A Causa do sofrimento pode ser uma consciência de culpa,
um trauma, algo desagradável e conflitante que tenha acontecido e/ou esteja acontecendo
que cause desconforto e infortúnio interior e descontrole. Biblicamente, Paulo
escreveu aos romanos dizendo: Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom
gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor (Romanos 6: 23).
Obviamente, quando uma pessoa se desvia completamente das virtudes, dos bons
hábitos e costumes estabelecidos por Deus; colhe morte. A morte espiritual é
fruto da pratica constante de pecado sem demonstração de arrependimento; é o
ato de desprezar a Palavra de Deus se negando a ouvi-la e praticá-la: “É o ato
de rebelar-se contra Deus, Desobedecer as Leis de Deus”.
Contudo, entre os nomes dos clássicos
da lista dos 18, constam: Do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa; A
Divina Comédia, de Dante Alighieri; Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado
de Assis; Madame Bovary, de Gustave Flaubert; Os Sertões, de Euclides da Cunha;
O Príncipe, de Maquiavel; Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski; Coração das
Trevas, de Joseph Conrad; Hamlet, de William Shakespeare; Os Miseráveis, de
Victor Hugo; Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, entre outros. São boas
literaturas? Claro que sim. Não excluo o mérito de nenhum deles. Mas, cadê o
livro dos livros, a Bíblia?
É bem provável que a amnésia
tenha conquistado algum espaço precioso na mente de cada um dos idealizadores
da tal lista, pois esqueceram completamente do livro mais importante de
orientação ao ser humano, inclusive no que tange à morte, um de seus principais
temas.
Muitos lêem livros, esmerando-se
na busca de solução para seus traumas ou procurando uma direção para mudar de
rumo ante os problemas que desafiam a sociedade, agora, em pleno século 21 (ou
tão-somente como hobby). A resposta para tudo isto está na Palavra de Deus, que
não figura na lista dos 18. A
Bíblia é a bússola para os perdidos; luz para quem anda nas trevas; esperança
para os "caídos"; conforto para quem vive triste. Ela corrige quem
anda errado; educa, ensina a quem quer aprender a viver corretamente; ela é
fonte de água viva e o caminho para a vida eterna.
Se as coisas não estão bem e você
precisa tomar uma decisão antes de morrer, coloque a Bíblia como prioridade em
suas leituras diárias.