Há anos o jornalismo deixou de
cumprir sua missão profícua como o quarto poder. Seus valores e sua importância
sempre foram reconhecidos pela sociedade. Lamentavelmente, estamos acompanhando
– com raras exceções -, um jornalismo feito por militantes partidários
oriundos das universidades tomadas pelas doutrinas marxistas.
A função básica do bom jornalismo
é o de informar, com critérios, com fundamentações, buscando as verdades dos
fatos e, principalmente, levando ao conhecimento da população os fatos de
interesse social, político e econômico, mesmo sabendo que em alguns setores da
Comunicação a imparcialidade tenha passado longe para dá lugar às questões
lucrativas e ideológicas.
O histórico programa “Roda Viva”,
da TV Cultura, uma voz sempre ouvida pelos brasileiros, que apreciam o bom
jornalismo, de há algum vem sendo alvo de críticas fundamentadas na postura de seus
condutores e entrevistadores, que, na maioria das vezes, são integrantes de
meios de comunicação com viés ideológicos e deixam de prestar um bom serviço
para ratificar posições que defendam seus pontos de vista. E, assim, vão
deixando de esclarecer a quem vai para frente da televisão em busca de dados
importantes extraídos dos entrevistados.
A desconfiança do público em
relação ao “Roda Viva” foi ratificada na última segunda-feira (30/07), quando
da entrevista do candidato Jair Bolsonaro. A audiência do programa bateu todas as
demais de canais de tevê abertos do País com 75%, recorde de acessos nas redes
sociais e nenhuma novidade veia a público do candidato, pois os entrevistadores
se ativeram apenas a acusar o candidato. Até parecia que o programa foi feito apenas
para tirar votos do candidato e não para esclarecer ao público - uma das
funções do ético jornalismo.
O povo brasileiro não está mais
interessado no que aconteceu em 1964, na guerra do Araguaia, se os militares
fizeram isso ou aquilo. Estamos interessados em saber o que o candidato tem a
falar sobre temas relevantes para tirar o País desse caos. Esperava-se ele
apresentando algo convincente em áreas como educação, saúde, segurança,
salários; sua luta contra corrupção, quais seus programas para manter o homem
no campo, a desburocratização de setores públicos, seus objetivos quanto à
economia do País. E nada disso ou quase
nada foi “provocado” pelos distintos jornalistas. O programa foi como se alguém
saísse de casa para assistir ao jogo de time de seu coração e quando chegou ao
estádio, não teve jogo e nem uma explicação plausível.
Os entrevistadores de qualquer
programa têm que ser como o árbitro de futebol, que apita sem aparecer mais que
os jogadores. É o que estamos vendo em muitos programas jornalísticos no
Brasil. E o que é pior: Tem muitos companheiros que vão para uma bancada despreparados
e sem conhecimento do que acontece no País, ou, pelos menos ao seu redor. E
acabam perdendo preciosos espaços com perguntas inócuas, que já foram feitas em
todas demais entrevistas das quais o candidato já participou.
Acredito que alguns “profissionais”
não estejam compreendendo o que a maioria dos brasileiros já entendeu: Que não
há, pelo menos, o mínimo de jornalismo imparcial, pois tem-se visto jornalistas
atuarem como torcidas organizadas. E isso vem desmoralizando profissionais e a
própria Imprensa.
Aí fica a pergunta: É mesmo
pobreza no nosso jornalismo ou é de fato uma ação intencional dos que o fazem?
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O autor é jornalista e pastor evangélico
O autor é jornalista e pastor evangélico
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