Pr. Gomes Silva
Este é um período cujo foco
principal é o “Menino Jesus”. Sai ano e entra ano e Ele continua sendo a “criança”
mais destacada do Mundo, especialmente aqui no Brasil, mais por razões bem
diferentes. Nascido de uma virgem, conforme profetizou Isaías (7:14) cerca de
700 anos a.C, Jesus veio com uma missão: Salvar o povo de seus pecados (Mateus
1:21b). Como O Verbo encarnado, Cristo veio como Luz para os homens (João 1:5),
porém os seus não o receberam dignamente (João 1:11); calou-se diante da
humilhação de seus algozes para cumprir a missão recebida do Pai e confirmada
pelo Espírito Santo (Isaías 61:1).
A vida de Jesus Cristo continuará
sendo contada e decantada por décadas. Ou melhor, até que tenhamos novos céus e
novas terras (Apocalipse 21:1). Livros e mais livros, poemas, histórias de
quadrinhos, séries e minisséries serão escritos a seu respeito. Porém, não
faltará uma interrogação quanto à finalidade da sua encarnação e cujas dúvidas
poderão ser dissipadas tão-somente mediante a leitura e o estudo da própria
Escritura Sagrada.
Nessa linha de raciocínio, o
nascimento de Jesus foi anunciado por Isaías e ratificado pelo anjo do Senhor
ao aparecer em sonho a José (Mateus 1:20b), dizendo: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que
nela foi gerado é do Espírito Santo” (Bíblia Século 21). O apóstolo João
explica esse nascimento, focando a encarnação: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por
intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito existiria. A vida estava
nele e era a luz dos homens" (João 1:1-4). Jesus é o verbo encarnado,
que desceu do céu.
[Esta forma de identificar Jesus
como o Verbo é encontrada no evangelho segundo João, cap. 1,1.10.14; e na
Primeira Carta de João cap.1,1. Foi a teologia que a comunidade joanina
desenvolveu depois de muita reflexão sobre Jesus de Nazaré, o Filho de Deus.
Este texto é escrito pelos anos 90 a 100 EC (da Era Comum ou depois de Cristo),
ou seja, no final do primeiro século de nossa era cristã.
João é o único evangelista que
identifica Jesus diretamente ligado e originado a Deus desde o início de tudo:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”(Jo
1,1). Onde no grego -> o lógos – a Palavra é designada como o Verbo de Deus.
O VERBO é palavra que faz
acontecer, é ação, como na criação onde segundo Gn 1,3 é a Palavra de Deus, o
VERBO, que tudo cria: “Disse Deus: Haja luz; e houve luz”. Por isso Jesus está
presente desde o princípio de tudo.
Jesus é o VERBO, esta é sua
identidade. O VERBO de Deus, significa que Jesus é a Palavra de Deus, que toma
a forma da carne humana e revela plenamente a face de Deus (confira em Jo 14,9
= onde Jesus declara: “que quem o vê,
também vê o Pai”)].
A vontade e a comunicação de Deus
acontece agora por meio de Jesus de Nazaré, o Seu Filho amado, a Palavra plena
de amor do Pai. Ele é o Verbo, a Palavra de Deus plena que vem ao mundo. Não
foi por acaso que o apóstolo Paulo, ao escrever sobre Jesus aos colossenses,
tenha afirmado:
"Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito
sobre toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na
terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam
principados, sejam poderes; tudo foi criado por ele e para ele. Ele existe
antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste; ele também é a cabeça do corpo,
que é a igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo
tenha o primeiro lugar" – Colossenses 1:15-18.
A vinda de Jesus ao mundo já fazia
parte do plano de Deus desde o princípio de tudo. A Ele foi dada a missão de
resgatar o pecador, o desvalido. E como isto aconteceria? Na Cruz, foi humilhado
e vilipendiado pelo mesmo povo para o qual Ele veio como luz e Salvador, e este
não o recebeu. O Cristo missionário morreu de forma trágica, humanamente
falando, mas sem abrir a boca em momento algum para reclamar, pois esse ato
fazia parte do plano redentor de Deus para a salvação daqueles que viessem a
crer no sacrifício da cruz. Isaías descreveu centenas de anos antes como seria
aquele momento:
Porque foi subindo como renovo perante ele, e como
raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura: e, olhando nós para
ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.
Era desprezado, e o mais indigno entre os homens,
homem de dores, e experimentado nos trabalhos: e, como um de quem os homens
escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas
enfermidades, e as nossas dores levou sobre si: e nós o reputámos por aflito,
ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído
pelas nossas iniquidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas
suas pisaduras fomos sarados.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se
desviava pelo seu caminho: mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós
todos.
Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca: como
um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como a ovelha muda, perante os seus
tosquiadores, ele não abriu a sua boca" (Isaías 53:2-7).
O sofrimento de Jesus, O Cristo (chicoteado,
carregando a cruz, traspassado por pregos de cerca de 24 centímetros de
comprimento nas mãos e nos pés e espinhos de 12 centímetros em forma de coroa em
seu couro cabeludo), foi muito grande. E Ele suportou tudo aquilo para pagar o
preço do pecado da humanidade sem cometer um pecado sequer nem praticado nenhum
ato de injustiça. Todavia, a dor se foi quando, humildemente, falou Jesus:
“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, dizendo isto, expirou” (Lucas
23:46). Naquele momento, o mundo viu que Cristo era o Filho de Deus:
“E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto
a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras;
E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos,
que dormiam, foram ressuscitados;
E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele,
entraram na cidade santa, e apareceram a muitos” (Mateus 27:51-53).
Mas, para se cumprir a Palavra de
Deus, três dias depois Jesus ressuscitou em carne: “Olhai as minhas mãos e os
meus pés, pois sou eu mesmo. Apalpai-me e vede; porque um espírito não tem
carne nem osso, como percebeis que eu tenho”, disse Jesus aos seus discípulos
(Lucas 24:39).
A ressurreição de Jesus é um
testemunho da ressurreição de seres humanos, que é uma doutrina básica da fé
Cristã. Ao contrário de outras religiões, o Cristianismo possui um fundador que
transcende a morte e promete que os Seus seguidores farão o mesmo.
A Ressurreição é a vitória
triunfante e gloriosa para todo o crente em Jesus Cristo, pois Ele morreu, foi
enterrado e ressuscitou no terceiro dia de acordo com as Escrituras. Ela
garante que aqueles que acreditam em Cristo não vão permanecer mortos, mas
serão ressuscitados à vida eterna. E não tem outra via de acesso à vida eterna
no céu a não ser Jesus Cristo mediante arrependimento e perdão de pecados.
Lucas, ao escrever os Atos dos apóstolos, disse: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam
apagados” (Atos 3:19). “E não há
salvação em nenhum outro, pois debaixo do céu não há outro nome entre os homens
pelo qual sejamos salvos” (Atos 4:12). E o próprio Jesus afirmou:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao
Pai a não ser por mim” – João 14:6.
Então comece a repensar a sua vida,
hoje, sem Cristo. Talvez tenhas entrado na onda mundana e na ótica comercial e
feito como muitos fizeram nesse período de lembrança do “Menino Jesus”. Mas,
que, em momento algum, você deixou Jesus nascer verdadeiramente na sua vida.
Pare e pense: “Você realmente tem
uma vida com Cristo que lhe assegure o ´passaporte´ para a vida eterna”? Se não
o tem, busque-o no Senhor, pois Ele é o Único Caminho para os arrependidos de
pecados e redimidos pelo sangue de Jesus.
Deus te conceda vida nova!
Fonte: [...] do Artigo “O
que quer dizer "ele é o verbo, o verbo estava com ele desde do princípio"?
publicado pelo site: www.abiblia.org
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